segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Rock in Rio - 25 anos

No dia 29 de janeiro de 2001, eu me preparava para a minha primeira grande viagem. Excitado, com milhares de borboletas nadando em meu estômago e os nervos à flor da pele, rumei ao Rio de Janeiro para assistir ao primeiro grande festival de minha surrealista vida de cão adolescente. Era a realização de um sonho: ir ao encontro da minha banda predileta. A melhor, a Fodástica.
E entre as mais de 250 mil pessoas, elevei meu cosmo ao 7° sentido quando tive o imensurável prazer de assistir, no Palco Mundo, ninguém menos que Red Hot Chili Peppers. E, por tabela, ainda conferir as apresentações do Silverchair, Capital Inicial, Deftones, O Surto e Diesel. O esquenta já havia rolado na Tenda Brasil - Autoramas, Tribo de Jah, Biquini Cavadão, Tianastácia e Tihuana.
Além de um dos momentos mais sensacionais que vivi, aquilo, aquele momento, representava muito mais do que um simplório sonho juvenil. Era a volta do maior festival de música do nosso país - um dos maiores do mundo - e que hoje completa 25 anos desde sua primeira edição.

No primeiro capítulo da história do Rock in Rio, a iluminação de todos os shows era a mesma, uma gentil cortesia de Freddie Mercury e o seu Queen. Para se ter uma idéia, o cenário e decoração do show dos Paralamas do Sucesso era composto por apenas um vaso de plantas. O local, um terreno emprestado próximo ao autódromo de Jacarepaguá. Apesar dos percalços, que sempre se fazem presentes em qualquer evento de proporções gigantescas, o Rock in Rio, de 11 a 20 de janeiro de 1985, reuniu 1 milhão e 380 mil pessoas (quase três vezes o público do festival de Woodstock), colocando definitivamente o Brasil no mapa geopolítico do rock n' roll. O sucesso foi tamanho que o festival brasileiro tornou-se um grande - e até agora, único - caso de franchising de rock, inspirando outros aventureiros - já se fala em trazer o festival americano Lolapalloza ao Brasil.
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Rock in Rio 1 (1985)
Queen - Bohemian Rhapsody

Iron Maiden - Iron Maiden
Ignorem a repórter que chama Bruce de Brian Dickinson. Ignore também o narrador afinal ele é autista.

"Não era um projeto megalômano. Ele nasceu megalomaníaco porque se você não botasse 1 milhão de pessoas na plateia, o festival não se pagava", disse ao Estado de São Paulo na semana passada o publicitário Roberto Medina, criador do festival, que tinha 35 anos na época. Ele lembra que quando procurou o agente da banda inglesa Queen, Jean Beach, foi inicialmente visto como uma piada.
"Ele me disse que, nem os americanos tinham como fazer o que eu pretendia, muito menos um rapaz brasileiro. E me deu uma champanhe como prêmio de consolação."

Rock in Rio 2 (1991)
Faith No More - Epic

A-ha - Crying in the Rain

Mas quando a coisa pegou, o Queen veio. E muito mais: Iron Maiden, AC/DC, Ozzy Osbourne, B-52's, Scorpions, Nina Hagen, George Benson, James Taylor, Al Jarreau, Gilberto Gil, entre outros. De lá para cá, ele realizou três edições no Brasil (1985, 1991 e 2001), três em Portugal (Lisboa) e uma na Espanha (Madri). Em 1985, naquele ano pioneiro, foram dez dias, 90 horas e 5.400 minutos de música, doideira, lama e excitação.

Hoje, em 25 anos de existência, a mostra já colocou 650 bandas em seus palcos. E deve voltar ao Brasil em 2011.


Rock in Rio 3 (2001)
Red Hot Chili Peppers - Give it Away

Guns n' Roses - Sossego (Tim Maia Cover)

Veja vídeos históricos do Rock in Rio de 1985

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2 comentários:

Anônimo disse...

Arrependo amargamente de não ter ido junto com o Walter Jones Casablancas, neste que como citado pelo autor do post, sem duvida foi um dos maiores espetaculos do Rock and Roll no Brasil.

Ainda bem que anos depois junto com este mesmo autor tive a oportunidade de assistir red hot bem de perto.

E agora é aguardar o Guns este ano...

Abraços
Hélio Sassioto Jr.

Peppers disse...

É isso ae Sassioto! lets sing along with mr. brownstone

 
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