sábado, 26 de fevereiro de 2011

Oscar 2011 - Indicados a Melhor Filme / Parte 3

Chegamos a última parte dos indicados a melhor filme, não consegui assistir a nova leitura de Bravura Indômita (A primeira versão assisti no último fim de semana), e ainda não elevei meu cosmo da empolgação para assistir a animação Toy Story 3.

Definitivamente fecho o especial do Oscar 2011 com os dois melhores entre os 10 indicados. Talvez para os estudiosos de cinema,críticos profissionais ou a galera "Cult" que adora super produções do Uwe Boll e clássicos dublados do Domingo, a nossa lista está um lixo assim como todos os filmes indicados.

O Discurso do Rei - 11 Indicações

Diversas características definem um bom líder. Uma delas, talvez a principal, é o poder de persuasão e de comunicação. Não basta ocupar uma posição fundamental na realeza britânica, como é visto no filme.

A trama segue parte da história de vida do pai da atual rainha da Inglaterra, Albert Frederick Arthur George (Colin Firth, “O Retrato de Dorian Gray”, “Mamma Mia!”), que não era um sucessor promissor ao trono da Inglaterra. Além de estar atrás do seu irmão Edward (Guy Pearce, “Guerra ao Terror”) tinha sérios problemas para se comunicar com o povo por ser gago. O seu irmão abdica do trono e então George precisa vencer o seu “problema” e conta com um fonoaudiólogo (Geoffrey Rush, “Elizabeth: A Era de Ouro”) um pouco fora do comum para ajudá-lo e ainda tornar-se um grande amigo.

O grande trunfo do filme está sem dúvidas ligado ao excelente trabalho de Firth e também de Rush. O embate de personalidades e realidades distintas dos dois, um é da família real o outro um fonoaudiólogo fora dos padrões convencionais, é o que dá a liga nesta obra. E ainda temos a sempre estranha Helena Bonham Carter e Guy Pearce segurando as pontas da história.

Excelente!!!

A Origem - 8 Indicações

Em tempos de adaptações/remakes e histórias “mastigadas”, Christopher Nolan mostra o que é preciso pra se fazer um filme original e envolvente.

Nolan, tanto nos filmes Batman Begins & The Dark Knight ou no admirável The Prestige, já demonstrara seu apego à temática da ilusão, da teatralidade, e aqui ele retoma o assunto – mas, no lugar das artes ninjas do Homem-Morcego ou do ilusionismo dos mágicos, temos o sonho como forma não apenas de manipulação, mas como o próprio palco da ação em uma trama que por vezes lembra Matrix, por outras Ocean's Eleven. Mas isto é apenas uma das cascas, ou camadas, do filme, e Inception é muito mais do que isso.

O diretor, como bom ilusionista que é, conta com essa cumplicidade, necessária para que o roteiro funcione. Selado o pacto, o espectador verá em A ORIGEM uma sólida ficção científica que troca as profundezas do espaço exterior pelas entranhas da mente humana, e que – coisa rara em um blockbuster - abre-se para várias interpretações e deixa, no fim do filme, uma série de questões: afinal, o que era sonho e o que era realidade? Personagens “inocentes”, como o de Michael Caine, são o que realmente aparentam? É mera coincidência que Mal seja interpretada pela atriz Marion Cotillard, que já foi Edith Piaf no cinema – sendo que a canção de Piaf “Non, Je Ne Regrette Rien” exerce função importante no filme?

Na minha opinião é o melhor da lista, e o clássico de 2010.

Você sabia?

A primeira letra de cada um dos personagens principais formam a palavra Sonho em inglês.

Dom, Robert, Eames, Arthur/Ariadne, Mal, Sato


“Qual o parasita mais resistente? Um vírus? Uma bactéria? Não. Uma idéia. Uma idéia altamente resistente e perigosa é quase impossível de se erradicar.”
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