terça-feira, 24 de março de 2009

Formula One 2009 - Part II



Pilotos e Equipes: Novidades e Prognósticos (Continuação)



Toro Rosso
O desafio é não cair de produção

A equipe italiana teve grandes momentos em 2008 com a sensação Sebastian Vettel - inclusive conseguindo sua primeira vitória - e terminou em um honroso 6° lugar no mundial de construtores, mas em 2009 a história não deve se repetir. Os motores continuam sendo fornecidos pela Ferrari, mas a equipe teve muitos problemas com o atraso no desenvolvimento dos modelos e só foi à pista no final de março. Poucos testes e pouco conhecimento do equipamento para uma equipe que conta com dois pilotos pouco convincentes deve resultar numa disputa com a Force India pelos ultimos lugares do grid.
Com a saída de Vettel, uma vaga foi aberta na equipe B da Red Bull, que preferiu o jovem suíço Sebastian Buemi - piloto que até hoje não conseguiu nenhum resultado expressivo - a outros postulantes com melhores desempenhos, como Bruno Senna, Rubens Barrichello, Lucas di Grassi e Takuma Sato.
O outro cokpit será ocupado por Sebastien Bourdais. O francês, que chegou à F-1 em 2008 carregando consigo o pomposo status de tetracampeão da Fórmula Mundial, acabou sendo ofuscado pelo talendo do alemão Vettel, e agora precisa mostrar muito mais do que fez para conseguir manter seu emprego.


Red Bull
Sangue novo em busca da evolução

Nada a comemorar em 2008. A Red Bull conseguiu a façanha de ficar atrás de sua subsidiária, a Toro Rosso. Agora, a palavra do momento é superação e foco para levar a equipe a melhores resultados, saindo da posição de equipe média e finalmente conquistar vitórias. O projetista Adrian Newey, responsável por modelos campeões na Williams e na McLaren, está desde 2006 na equipe, mas ainda não conseguiu mostrar bons resultados.
A Red Bull sofreu uma pequena alteração nos cockpits: o escocês David Coulthard, aposentado, dá lugar ao badalado, Sebastian Vettel. O alemão venceu uma corrida com a Toro Rosso e agora tem a missão de repetir os bons resultados na equipe principal. A scuderia conta com propulsores desenvolvidos pela rival Renault.
Vettel carrega consigo a responsabilidade de comandar a decolagem da equipe aos primeiros lugares. Com as boas atuações em 2008, nada mais natural que exigir dele no mínimo repetir a dose nesta temporada.
Diante deste panorama de esperança de melhoras para a equipe, o australiano Mark Webber talvez enfrente o maior desafio de sua carreira ao ter que se mostrar tão competitivo quanto seu companheiro de equipe mais de 10 anos mais novo.
Webber quase não pôde treinar devido a um acidente de bicicleta em dezembro, no qual quebrou a perna, mas se recuperou rápido para estar apto a voltar no final de fevereiro. Mas a tendência é que, a exemplo de Bourdais em 2008, o australiano seja ofuscado por mais uma boa temporada de Vettel.


Williams
Otimismo comanda a equipe de Grove

Sete títulos de pilotos e nove de construtores não bastam para fazer da Williams uma equipe temida. Desde que se separou da BMW, a equipe não começa uma temporada tão empolgada como este ano. Os resultados nos testes animaram a todos na escuderia que teve um ano de 2008 muito fraco, fechando numa pífia oitava posição.
Patrick Head e Frank Williams optaram por manter o motor Toyota e a mesma dupla de pilotos. Entretanto, o que mais tem causado frisson nos bastidores é o difusor traseiro dos carros que, aparentemente, é um dos grandes responsáveis pelos ótimos resultados conseguidos até aqui.
Nico Rosberg foi sempre um dos mais rápidos nos treinos e tem o desafio de superar seus resultados na temporada passada, quando conseguiu suados 17 pontos e ficou em 13° lugar. O fato de ser filho do campeão Keke Rosberg torna as cobranças maiores, mas como esta já é sua quarta temporada, Nico possui experiência suficiente para lidar com as pressões costumeiras.
Kazuki Nakajima é o companheiro de Nico e também lida com o fato de ser filho de um piloto. Mas neste caso, o jovem Kazuki não precisa fazer muito para ter melhor desempenho que o pai, "barbeiro" unanimamente reconhecido no circo da F-1.
O japonês conseguiu um excelente desempenho no último dia de testes em Jerez de la Frontera, na Espanha. O filho de Satoru Nakajima superou a marca de Jenson Button e foi o mais rápido dentre todos que treinaram no circuito este ano.
Espera-se que em 2009 o piloto revelado na Williams supere facilmente os 9 pontos conquistados na temporada passada.


Force India
Quando o dinheiro não basta


O time indiano é a prova viva de que dinheiro não é tudo na Fórmula 1. A equipe, de propriedade do bilionário indiano Vijay Mallya, não conseguiu sair das últimas filas do grid. Na temporada passada sequer marcou pontos. O chefe de equipe Colin Kolles e o diretor técnico Mike Gascoyne foram demitidos e o próprio Mallya assumiu o cargo de chefe de equipe.
Este ano, a Force India firmou parceria com a McLaren e utiliza motores Mercedes, mas ainda demonstra algumas dificuldades no desenvolvimento do carro.
O experiente Giancarlo Fisichella, com três vitórias e três poles na bagagem, espera ter um fim de carreira mais digno. Em 2008 ele amargou, juntamente com o seu companheiro de equipe, a última posição entre os pilotos que disputaram a temporada. O italiano acredita que os testes realizados em Barcelona trouxeram novas possibilidades: "Estamos na direção certa, ficamos focados no acerto, e o carro se mostrou confiável, então pudemos trabalhar no equilíbrio. Só conseguimos isso com bastante asa, mas não foi tão ruim", afirmou o italiano.
O alemão Adrian Sutil, apesar da temporada pífia, viveu seus 15 minutos de fama no ano passado. Sutil estava levando seu carro a um inédito quarto lugar em Mônaco, mas levou uma trombada inexplicável de Kimi Raikkonen que o tirou da corrida. Fora isso, nada de interessante.
Tanto Sutil, quanto Fisichela precisam mostrar serviço urgentemente este ano, já que em 2010 Vitantono Liuzzi será um dos titulares.


Brawn
Do caos à empolgação

Sob o comando de Ross Brawn, a estreante é a equipe mais badalada da pré-temporada. O time inglês herdou o espólio da ex-Honda e, com pouquíssimo tempo para treinar e desenvolver o carro, conseguiu superar seus rivais nos testes em Jerez de la Frontera, surpreendendo toda imprensa esportiva mundial.
A equipe, assim como a Force India, utiliza motores Mercedes e tem tido desempenho muito superior ao da escuderia oficial da montadora alemã, a McLaren, com toda a sua experiência e títulos.
Rubens Barrichello está empolgado com a chance de poder continuar guiando e com a confiança depositada por Ross Brawn. O brasileiro, que era dado como carta fora do baralho, agora tem a chance de mostrar que ainda está em forma e pode ser competitivo. O brasileiro, que chegou a ser vice-campeão mundial em duas oportunidades (2002 e 2004), agora acredita que tem novamente chances de brigar pelo título, empolgado pelos bons resultados conquistados nos testes da Espanha.
O companheiro de Rubens continua sendo o britânico Jenson Button, que assim como ele, foi um dos mais rápidos em Jerez. O piloto tem a torcida do todo poderoso Bernie Ecclestone, que o aponta como um dos prováveis campeões da temporada de 2009. Na Fórmula 1 desde 2000, Jenson Alexander Lyons Button tem como melhor colocação final no campeonato o terceiro lugar em 2004, pela extinta BAR.
"Todo o esforço valeu a pena e todos podem se sentir orgulhosos", disse o piloto, a respeito do desempenho da equipe.



To be continued...
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