Ontem, eu estava em casa curtindo uma ressaca pós-feriado e parei para assistir um pouco dessas Olimpíadas de Pequim. Então, eu gostaria de aproveitar o ensejo para fazer um breve comentário sobre este rendimento pífio que o Brasil vem tendo mais uma vez nos Jogos Olímpicos. Embora poucos veículos de comunicação tenham coragem de se expressar tão politicamente incorreto como serei agora, faço minhas as palavras de pelo menos metade dos telespectadores brasileiros que estão acompanhando as disputas desde o começo.
O principal problema envolvendo o esporte nacional atende pelo nome de mídia. Serei mais específico: o pensamento mediocrático que os "especialistas" nos fazem engolir goela abaixo sempre que os esportes em questão não são Futebol ou Fórmula 1.
É fato que o Brasil não investe o suficiente no esporte de um modo geral. A criança muitas vezes não é incentivada a praticar modalidades diferenciadas, nossa cultura esportiva não é multi focada, o país não possui uma economia forte centrada no desenvolvimento dos atletas e todo aquele bla bla bla o qual já estamos cansados de ouvir. Ok. Mas se quisermos mesmo mudar, crescer e parar de ficar atrás de países como a Etiópia e o Azerbaijão no Quadro de Medalhas, é preciso que a mídia pare de criar os brasileiros sob a plataforma do pensamento pequeno, de quem se contenta com pouco.
Pensamento de quem não vai ser grande nunca!
Nós disputamos um torneio sem expressão como os Jogos Panamericanos do Rio de Janeiro, nos saímos relativamente bem e do nada começamos a achar que seremos bons nestes esportes estranhos que a maioria do brasileiro nunca ouviu falar? Não! E sabe por que isso nunca irá acontecer? Porque dois anos depois, quando chegarem as Olimpíadas, na hora do "pega para capar", os Estados Unidos não estarão mais com atletas reservas! Cuba, não vai estar mais com um time B!
E além disso, vão se juntar a eles Rússia, China, Japão, Austrália, Canadá, Itália, França, Holanda, Espanha e mais um bocado de países europeus minúsculos que têm mais competência e/ou experiência do que nós!
"É bronze para o Brasil!"
A verdade, que às vezes nós mesmos não enxergamos, é que estamos cansados de potencialidades! Precisamos de resultados!
Chegou a hora de entrar em um consenso e perceber que ser o 15º melhor do mundo não nos basta mais!
Se a Seleção Brasileira não consegue mais do que um 2° lugar na Copa do Mundo, como os atletas são tratados quando chegam no Brasil? Com honras e glórias? Ou como mercenários, traíras, alcóolatras, baladeiros sem responsabilidade?
E na Fórmula 1? Nós temos um piloto duas vezes vice campeão mundial, que venceu mais corridas que muitos pilotos consagrados na categoria, e como a mídia o trata? Como herói? Como um homem de sucesso, que se esforçou ao máximo para estar onde está hoje? Ou como um perdedor, omisso, sem talento, motivo de chacota em todos os jornais, revistas e programas de TV?
Percebam a discrepância! A Seleção Masculina de Futebol é OBRIGADA a ganhar todas as Copas do Mundo. Rubinho e Felipe Massa são OBRIGADOS a vencer o mundial de F-1 porque correm de Ferrari. Então, a partir de hoje, obriguem o Diego Hippólito a nos trazer um ouro!
E os atletas não são os culpados. Muito pelo contrário, eles se esforçam de forma sobre humana para que pessoas como eu ou você possam criticá-los do sofá, bebendo cerveja.
Mas que eles também têm que mudar este jeito terceiro-mundista de se contentar com o 7º lugar, isto é verdade.
Só que antes de tudo, o Comitê Olímpico Brasileiro, a Globo, o SBT, a Record, a Folha de São Paulo, o UOL, ou qualquer outro meio formador de opinião neste país, precisa encarar a realidade, e tentar implantar em nossos guerreiros um pensamento grandioso, de brio, de garra, gigante como as dimensões destas nossas terras.
Ou vamos ter que, de 4 em 4 anos, olhar para a tabela e ver que mais uma vez ficamos atrás da Jamaica no final.
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E você que curte esportes, dê uma olhadinha num trecho do game Beijing 2008 Olympic Games, lançado paralelamente ao início dos jogos.
Totalmente DEMAIS!
Fez minha mente nostálgica lembrar de Olympic Gold Barcelona '92.
Bons tempos!
Plataforma para Playstation3, Xbox 360 e PC
Com a saída dos criadores Al Gough e Miles Millar, Smallville está sendo administrado nesta oitava temporada pelo quarteto Todd Slavkin, Darren Swimmer, Kelly Souders e Brian Peterson, que nos anos anteriores já eram produtores e co-roteiristas do seriado.
